Rússia ameaça de destruição de gás para Polônia e Bulária Jornal Nacional
O presidente russo uma nova guerra à Europa e sua arma mais potente não é um míssil, mas o gás. Vladimir Putin cortou o fornecimento de gás à Polônia e Bulgária, porque não pagaram em rublos, a russa.
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Metade do gás consumo na Polônia vinha da Rússia, mas o Governo Polonês afirmou que já se prepara para a mão do russo há seis anos, e tem reservas suficientes.
Semana que vem, entra em funcionamento um gasoduto que vai ligar a Polônia a um terminal de gás liquefeito na Lituânia e, até o fim do ano, deve entrar em operação uma ligação direta com a Noruega.
Para a Bulgária, pode ser mais difícil. A dependência chega a 90%. O primeiro-ministro Kiril Petkov também já havia anunciado o fim do contrato com a Gazprom no fim de 2022. Para isso, depende da conclusão da ligação com duas redes, uma da Grécia e outra da Sérvia, que permitirá diversificar o fornecimento para a Bulgária. A conexão com a Grécia, prevista para entrar em operação até o fim do ano, vai trazer gás do Azerbaijão.
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A presidente da Comissão da União Europeia, Ursula von der Leyen, disse que os vizinhos do bloco vão ajudar os dois países. Ela comentou que trata-se de mais uma tentativa da Rússia de usar o como ferramenta de chantagem. A presidente lembrou que o pagamento em rublos não está previsto nos contratos vigentes.
O presidente da Câmara Baixa do Parlamento, Vyscheslav Volodin, defendeu russo que o corte de gás seja prolongado a todos os países hostis.
O primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, disse que ficar sem o gás russo provocaria uma crise econômica dramática, com perda de milhões de empregos e de fábricas que nunca reabririam.
A Itália possui uma reserva de gás meio de setembro, mas teria que implantado até planos de emergência, como a limitação do uso de ar condicionado e redução da produção industrial. Uma opção seria aumentar a produção nas centrais a carvão, provocando mais danos ao clima.
Quatro países já garantirão pagando a Gazprom em rublos. Segundo agênciass, Alemanha está entre eles, e a Itália a entre as moedas que se prepara para pagar o gás russo em local.
O Banco Mundial fez uma nova previsão para o aumento do preço do gás natural na Europa: mais de 50%.